Que seja livre o pensamento, assim como o sentimento.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Benke
Beija-flor me chamou: olha
Lua branca chegou na hora
O Beija-Mar me deu prova:
Uma estrela bem nova
Na luminária da mata
Força que vem e renova
Beija-Flor de amor me leva
Como o vento levou a folha
Minha Mamãe soberana
Minha Floresta de jóia
Tu que dás brilho na sombra
Brilhas também lá na praia
Beija-Flor me mandou embora
Trabalhar e abrir os olhos
Estrela d'Água me molha
Tudo que ama e chora
Some na curva do rio
Tudo é dentro e fora
Minha Floresta de jóia
Tem a água
tem a água
tem aquela imensidão
tem sombra da Floresta
tem a luz do coração
Bem-querer!!!
(Milton Nascimento e Márcio Borges)
* Essa canção é o nome de um curumim do povo Kampa e é dedicada a todos os curumins de todas as raças do mundo
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
As The World Falls Down
Beatriz
Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que ela é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida
(Chico Buarque / Edu Lobo)
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Le soleil
Irradia sobre mim o calor de tua alegria
Pequena, tão pequena.
Brilha, como brilha.
És sutil
Traz vida
És meiga
Minha menina
Que outrora só no colo ficava
Agora pouco a pouco caminha
Caminha e cresce
Mas nunca, nunca perde
A delicadeza de sorrir, de gargalhar
De achar graça em ver alguém que pra ela é grandão, criança se tornar
E diferente não podia ser, porque da vontade de encolher, de zerar toda nossa maturidade
E se aquela estrela grandona lá fora, era quem antes me iluminava
Era quem antes me aquecia
Agora não é mais
Porque tenho um novo sol
Que brilha, como bilha
Que vida, que alegria irradia
Gigante, pequenino sol
O Sol de Sophia.
Jorge Palucci