Que seja livre o pensamento, assim como o sentimento.

Faites comme chez vous

terça-feira, 26 de julho de 2011

Desagradável

Qual o preço da felicidade? Desde sempre me pergunto qual seria o segredo das pessoas que estão o tempo todo sorrindo e de bem com a vida. Será que não passam por problemas ou dificuldades? Impossível! Mas em que baseiam seu bem estar? Por que não se abalam? E caso se abalem, como conseguem esconder isso tão bem? De onde tiram tanta força?

Esse tipo de atitude me desagrada. Não que essas pessoas tenham culpa de algo, mas minha mente simplesmente não consegue aceitar um ser vivo que esteja de bem com a vida em fulltime. Até mesmo animais ficam tristes (ou pelo menos aparentam às vezes), então por que essas pessoas não ficariam?

Talvez coloquem uma máscara e conforme o passar do tempo já não saibam mais quando estão realmente sorrindo ou quando estão forçando-se a isso.

É o mesmo com a tristeza. Depois de muito tempo imerso em trevas, quando um resquício de felicidade finalmente surge é difícil saber como reagir diante dela. E pior, há o impulso de voltar à zona de conforto, a tão bem conhecida tristeza, que por mais desagradável que seja, é uma sensação desagradável familiar, que lhe traz segurança apesar de tudo.

Você simplesmente se prende àquilo por ser ao que está acostumado, então tanto quanto pessoas tristes se auto sabotam em situações de possível felicidade, quero acreditar que pessoas demasiadamente sorridentes usam isso como escudo de proteção contra a vida, pois se não for assim considero grande injustiça a existência de pessoas sempre de bem com a vida, o que apenas obterei caso ceda ao mundo dos fascinantes modificadores químicos cerebrais.